quinta-feira, setembro 27, 2007

Pequenas contrariedades que resultam de estar vivo :) e estar (quase) sempre a devorar o que está a minha volta
ou
Texto só para mim

São dez horas.
Desligo o Messenger. Hoje não me apetece falar.
Ontem estudei que nem um animal. Deitei-me depois das duas. Curei (sou dos acredita que na Medicina ainda curamos e salvamos as pessoas que precisam de nós) as saudades do meu irmão, do meu ano e meio de Verão e dos meus amigos Frederico e Sérgio.
Não sei porque escrevo tipo telegrama mas é assim que me apetece escrever.
Lá acordei com esforço à hora do costume (com os 10 minutos de atraso do costume) e depois de demorar mais um bocado do que o costume sentei-me a estudar (hoje não devorei artigos como ontem, só estudei!) na biblioteca. Comecei cedo a perceber que ia pagar pelas horas roubadas ao sono. Depois de um almoço surreal na cantina do hospital (um tomate cozido pousado sobre um molho colorido de vegetais) aguentei mais uma hora! Uma hora!
Fechei o draft adolescente do artigo que estou a escrever e voltei para onde talvez não devesse ter saído! Casa. Deito-me no sofá e para adormecer distraído e devagarinho, inicio a minha viagem no Sul. Heroicamente (o mérito é todo do MST) ainda passo a página 30.
Acordo pelas 21 numa qualquer fase do sono que me dá a ilusão que isto ainda se vai tornar num dia rentável e que o mau humor passou (sim, estou de mau humor pela primeira vez desde que cá cheguei). Fotografo o que vejo ao me levantar do sofá. Janto pela QUARTA e última vez consecutiva um gratinado (no longer gratin) que fiz na Segunda. Detesto deitar comida fora. Considero uma arrogância e um desrespeito.
Sento me aqui.
“Desligo o Messenger. Hoje não me apetece falar.”
Re-ENCONTRO a Íntima fracção para meu belo prazer. Aconselharam-ma uma vez num café depois de uma urgência no Café do Cais. A MINHA Ponto Luis I!
Partilho em modo automático, talvez comigo mesmo. Porque não me quero esquecer deste dia. Hoje não arrumo a cozinha.

Ainda há gelado de baunilha do LIDL no congelador e mais umas 150 páginas para percorrer até voltar a adormecer devagarinho…

Não reli este texto pelo que não faço ideia quantos erros, repetições de palavras ou incongruências estético-literário-semanticas poderá ter.

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