O mito dos...

... 99% de tédio e 1% de pânico!

Ele está a chegar...

O rapaz até se esforçou

Prémios anuais da Escola de Gestão do Porto já têm vencedores.
Paulo Azevedo e Artur Santos Silva foram os grandes vencedores dos EGP Awards 2007, entregues pela Escola de Gestão do Porto, no passado dia 15.
O actual CEO do grupo Sonae, Paulo Azevedo, recebeu a distinção Prémio Alumni, enquanto que a Artur Santos Silva, presidente do conselho de administração do Banco BPI, foi atribuído o Prémio Carreira.
Além deste dois prémios, a Escola de Gestão do Porto distiguiu também os alunos Frederico Fernandes (MBA) e Pedro Rocha (MBA Executivo) com a atribuição do Prémio José Valente, um prémio criado em homeagem ao Professor José Valente, que visa premiar não só o bom desempenho académico como também a integridade e sentido de companheirismo dos alunos de MBA.

Fonte: http://newsletter.up.pt/pt/actualidade/962/

PS. LOL!!!

No lado certo da curva

Ainda à volta da minha teoria sobre os espirais, este fim de semana começa bem!

Já tenho novos estudantes. Mais correctamente, novas estudantes. As únicas meninas que entrevistei há duas semanas estão super entusiasmadas com o nosso projecto e começam a trabalhar para a semana.

E hoje pode muito bem ter começado o meu percurso pelo mundo da disfunção mitocondrial na sépsis (grande coisa, não é?!?!). Reuni com a Telma e com a responsável pela microscopia electrónica do Max Plack Institute for Molecular Biomedicine, Dagmar Zeuschner. Acordámos em fazer um estudo piloto e se tudo correr bem, provavelmente, o MPI (e eu no MPI) analisaremos as mitocondrias do nosso projecto dos ratos! Mas não consigo deixar de pensar na incrível coincidência que deu origem a tudo isto... Lembro-me logo do livro The Double Helix: A Personal Account of the Discovery of the Structure of DNA, sobre as pessoas e histórias de gente por trás de uma das maiores descobertas científicas do século passado. Obrigado Telma!

Comecei um novo nível no curso de Alemão. Mais alunos interessantes e mais gente que já sabe mesmo falar esta língua impossível.

Para terminar as boas notícias, Portugal, que na Quarta mais parecia o glorioso FCP com dos alguns jogadores que foi dispensando ao longo dos anos, está apurado para o Europeu!

Um bom fim-de-semana e um excelente Norte da Anestesia para quem lá vai. Ouvir ou falar!

Musicol

Porque a rádio alemã é verdadeiramente intragável, abro nova categoria na coluna da direita com os sons que me fazem companhia por aqui:
- Íntima Fracção, de Francisco Amaral;
- lado B, de Pedro Esteves;
- trintaeum (apenas pelo prazer de recordar);
- Antena3 (continua com bom serviço público e música decente);
- Radar (descoberta recente, via IKA);
- radio.blog.club (aconselho pesquisa de "Richard Cheese").

Love will tear us apart!

Já ouvi Nouvelle Vague ao vivo e vo na grande Gigi. Mas esta é diferente. A simpicidade da música, dos gestos e da luz faz pensar que a letra foi feita para ser cantada assim. Veio do meu Verão, que dura até hoje! Espero que gostem.

Depois da tempestade, a bonança (nem sempre vem no dia seguinte)!

Procurando a simplicidade das figuras geométricas e dos "porquês" dos livros de crianças: A vida faz-se por espirais.
Sexta-feira: um dia incrível! Agendei uma entrevista que há muito esperava, colhemos frutos de um encontro casual à porta do curso de alemão* (por agora ainda perspectivas) e tive direito a um chefe mesmo contente com tudo isto!
Sábado: descanso. Óptimo!
Domingo: instrumentação desastrosa. A pior ovelha até agora. "Amanhã vai correr melhor!", obrigaram-me a repetir. ;)
Hoje: mais quase três horas para ter os catéteres a funcionar direito (houve nova anestesia geral, nova linha arterial...). Depois disso, a surpresa do dia. Os estudantes, que começaram hoje a trabalhar comigo, dizem que não se aperceberam bem que o trabalho implicavada tantas horas seguidas no laboratório, pediram muita desculpa e foram-se embora! Mai nada! Agora fico eu, mais uma vez, sozinho com a minha ovelha até às 06 da manhã! Talvez pior será ter que loose face e ligar aos outros grupos que receberam um "Obrigado! Mas escolhemos outros estudantes para o trabalho.", para eles reconsiderarem a oferta e virem trabalhar comigo.

A bonança vem de certeza. Mas às vezes demora um bocadinho mais do que nós queríamos!

*A Telma é uma emigrante portuguesa, como o Zezinho e eu, a viver em Münster há cerca de um ano. Veio de PhD especilista em mitocondria de Cambridge. Antes que haja mentes mais entusiasmadas a escreverem o que não devem, a menina é comprometida.

Mais uma saída da manga de shubiselection

Zero graus?

Não há máquina de bebidas no laboratório mas para beber um Coca-cola fresquinha com a sandes do jantar basta deixar a garrafa à porta do laboratório durante uma hora... E esperar que ninguém a leve! Enfim! Também há vantagens em se viver no Centro da Europa.

Educação e respeito.

Oh Zezinho!!!

Depois de aproveitar o sol, melhor, a ausência de chuva, e correr uns 12 km, ataquei o almoço de Sábado no melhor Kebab do mundo com a minha companhia do costume, a Economist da semana.
Faço umas compras e vou-me sentar numa gelataria italiana ao pé de casa, continuando a leitura. No meu alemão ainda precário peço um café e, enquanto escolho o sabor do gelado, já está o empregado a fazer uma bola de gelado de café. Perante a minha cara de desacordo sem saber bem o que dizer, o rapaz pergunta: "Parla italiano?". Eu respondo: "Portuguese!". Diz ele num tom um pouco mais alto: "Oh Zezinho!". Acto contínuo, sai da cozinha um homem de pouco cabelo escuro, que se viria a revelar o José, benfiquista de Viseu, imigrante português, como eu. Lá me deu o que eu realmente queria e pouco tempo depois eu já sabia que há "Ui! Muitos!" portugueses em Münster, restaurantes portugueses, uma casa do Benfica e uma casa do Sporting recentemente encerrada. Um dia destes vamos os dois beber uma cerveja e ele apresenta-me ao pessoal!

Vício

Acabou!
Este degrau já subi!
Hoje ficou arrumado o último pormenor do meu (Meu é injusto e mentiroso. Nosso) artigo de revisão. Foi o meu primeiro "n coisas" artigo: o primeiro em inglês, a primeira revisão, o primeiro numa revista internacional conhecida, o primeiro sobre sépsis...
Vale por isso, pelo menos para mim, muito mais do que as 3500 palavras, duas tabelas e duas figuras impressas. Vale os dias inteiros a ler e o que conseguir estudar, vale os dias a escrever (em Berlin, na biblioteca, em casa, no quarto escuro), os fim-de-semana perdidos, o dia de tristeza e desalento que passei com a primeira sova de correcções...
Entre os e-mails trocados com o grupo e o dia de hoje houve DEZ versões!!! Todas guardadas para mais tarde recordar.
Na verdade, bem mais importante do que ver o meu nome daqui a um mês numa folha de papel ou num monte de pixeis num pdf, foi o processo. Este conceito do "processo de aprendizagem" persegue-me. E este foi um dos melhores exemplos que conheço de que, de facto, o percurso que nos leva a atingir determinados objectivos (outro conceito que me persegue) pode ser bem mais determinante na nossa vida que o fruto apetecido em si.
Contribuiu o equilíbrio interessante com o que o grupo pacientemente melhorava os meus manuscritos. Rigidez e palavras nem sempre simpáticas SEMPRE com um comentário favorável e encorajador. Diziam "É sempre assim com o primeiro artigo!".
Contribuiram três corridas por semana, o Miguel Sousa Tavares e a Economist.

Contribuiu a minhã irmã com umas figuras perfeitas.
Contribuiram os que aturaram o meu mau feitio.

Contribuiu o grande FCP.


Obrigado.
Este degrau já subi!
E hoje voltei ao laboratório, entrevistei estudantes, encomendei substâncias, ri-me despreocupado outra vez, sonhei com viagens, comecei pesquisas para outro artigo de revisão...

It never stops, does it?! :)

iPod tech made easy

Não conheço um único orgulhoso portador de iPod que não se queixe pelo menos uma vez por semana de qualquer problema técnico do seu precioso objecto de decoração.
Pois aqui fica uma solução fácil que permite gerir o iPod de uma forma independente do iTunes. De graça em:
YamiPod!

Fonte: Blê blê blê

À distância

Ontem e hoje reuniu-se em Brdo, na Eslovénia, o Permanent Working Group of European Junior Doctors (PWG).
De castigo a finalizar o meu artigo (este assunto merecerá dedicação exclusiva quando conseguir falar dele sem cerrar os dentes) fui assistindo à reunião pela janela do meu computador via Skype.
As manhas da política europeia exigiram que surgisse uma candidatura lusa para Chairperson do Postgraduate Medical Training Sub-committe. Fui então a votos com um inglês e confirma-se (desculpem, mas isto é um blog pessoal e potencialmente politicamente incorrecto) que até à data ainda não perdi uma eleição. Esta foi sem dúvida a mais surreal mas o projecto é extremamente aliciante!
Horas antes havia sido também eleito para representante do PWG no Multidisciplinary Joint Committe of Intensive Care Medicine da European Union of Medical Specialists.

Agradeço aos que lá estiveram a confiança que depositaram em mim.

PS (para não médicos e amigos da Escola). Isto só significa mais uma linha na assinatura do e-mail e que vou continuar a passear pela Europa!