terça-feira, novembro 30, 2004

O Dilema da Pequena Sereia

Nunca acreditei muito em “traumas de infância”.
Por isso, após uma tentativa falhada aos 16 anos decidi voltar ao mar de um modo que poucos de nós (e por nós entenda-se aqueles que não conseguem viver sem ele) têm oportunidade de fazer: através de um curso de mergulho (open water diver).
A “maravilhosa sensação que é conseguir respirar debaixo de água e sentirmo-nos livres, e blá, blá…” é bem verdade mas apenas depois de uns dez minutos no fundo do mar, porque enquanto ainda lutamos com o peso do equipamento, alguma sensação de aperto no peito e as memórias de uma experiência mal sucedida aquilo que pensei foi: “Lindo! Vinte e cinco anos, Timor Leste, duas instrutoras loiras debaixo de água, o melhor mar do mundo e eu, vou desmaiar…”!
Mas a paz finalmente reinou. Após umas manobras a 3 metros nadámos em direcção a barreira de coral. E aqui meus amigos o fascinio começa a fazer faltar as palavras e tudo o que queremos é trocar este mundo pelo outro.





P.S. Estive a um metro de Nemos como este e de tartarugas australianas...

3 comentários:

Anónimo disse...

Então ? e a fotografia das loiras ? também te faltou o ar e sentiste um aperto no peito ?

Um abraço,
Damião

Anónimo disse...

Ainda te lembras daquela cena no Mindelo? Foi mesmo taumatizante, pelos vistos.
Agora escusavas era de ser tão, sei lá caguinchas!
Se não te tirasse de lá 'inda lá estavas a servir de repasto a Nemos como esse da foto. Agradecia era que dicesses qualquer coisa, notícias, que andas muito esquecido dos amigos.
Há apesar de tudo um certo movimento no sentido de te orientares para a cirurgia no HSJ vá se lá saber porquê, pois cirurgião do HSJ que se preze só tem medo que lhe falte a força lá para os 80.
abraços

Anónimo disse...

Outra coisa, só eu é que comento, carago?