"Há coisa de quatro anos, quando se tornou evidente que nem José Mourinho, nem Deco, nem Ricardo Carvalho, nem Paulo Ferreira continuariam no FC Porto depois da conquista da Liga dos Campeões, em Gelsenkirchen, houve quem adivinhasse o fim da hegemonia portista no futebol português e esfregasse as mãos de contente.
Hoje, com um treinador diferente e com um plantel rejuvenescido, ao fim de apenas 13 jornadas, o FC Porto lidera com dez pontos de avanço sobre o segundo classificado o mesmo campeonato que venceu nas últimas duas épocas. Entretanto, já venceu o Benfica e o Sporting e ainda teve tempo e forças para terminar no primeiro lugar da sua poule a fase de Grupos da Liga dos Campeões, surgindo agora em posição privilegiada para apostar em prolongar a sua presença entre os maiores clubes europeus.
Fê-lo, por uma vez, liberto das suspeições que os medíocres sempre gostam de lançar sobre a competência alheia para justificar as suas próprias limitações. O FC Porto é, hoje, reconhecida e unanimemente, a melhor equipa portuguesa, mas para conseguir essa unanimidade teve de forçar muita gente a engolir ainda mais sapos.
Entretanto, há já quem vá começando a esfregar as mãos de contente com a perspectiva da saída de Bosingwa, Lucho, Quaresma, Lisandro e companhia no final desta temporada, mas, no fundo, no fundo arriscam-se é a ter de acrescentar creme hidratante aos anti-ácidos na lista de compras para a farmácia."
Fonte: Jorge Maia, em O Jogo
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